Pare um pouco, olhe para trás no tempo e verá a única verdade que sempre existiu e sempre existirá. Estamos evoluindo. E não é graças a religião, com toda certeza, mas graças a nossa capacidade de raciocinar, de usar a razão.
Evoluímos de homo sapiens primitivos que sobreviviam exclusivamente de seus instintos animais, para homo sapiens pensadores, capazes de realizar as mais impressionantes maravilhas, jamais imaginadas. E certamente continuaremos a evoluir, novamente não graças a religião, mas graças a um entendimento cada vez maior do universo.
Hoje, vamos ao mercado e encontramos uma sessão exclusiva para alimentos orgânicos. Os produtores de alimentos se preocupam em mencionar nas embalagens que seus produtos não agridem o meio ambiente ou que seu processo produtivo é autossustentável.
Hoje, vários países já anunciaram o fim da fabricação de motores a combustão para daqui a 5 ou 10 anos. Automóveis elétricos ou híbridos são o novo sonho de consumo e novos projetos de aviões de navios movidos a energia limpa tomam os espaços na mídia.
Hoje, mais de 30 países cooperam em um projeto de fusão nuclear (ITER) que daqui a 10 a 20 anos irá proporcionar energia limpa e ilimitada para todo planeta. Além disso, as alternativas de energia solar e eólica começam a chegar às nossas casas.
Hoje, sabemos o que acontece com nossos semelhantes do outro lado do planeta em questões de segundos e temos ciência dos efeitos em nossas vidas.
Poderíamos citar exemplos e mais exemplos de como a razão tem guiado o homem para mais perto de Deus e de como nosso papel no universo fica cada vez mais definido. Diferente de outras espécies, temos consciência de nós mesmos. Somos impulsionados por uma vontade primordial de explorar o mundo à nossa volta e conhecer tudo que há para ser conhecido. Os religiosos dizem que isso tudo é apenas ciência e que Deus nos permite essa ciência para nosso benefício, assim como nos permite o livre arbítrio, mas esse pensamento se parece com a viseira de um cavalo. Vê somente o aqui e agora, e é incapaz de ver mais à frente, de enxergar o futuro, pois se fizer isso, não poderá negar que tudo que nos trouxe até aqui e ainda nos levará mais adiante, não tem nada a haver com suas fantasiosas previsões.
“Toda a nossa ciência, comparada com a realidade, é primitiva e infantil – e, no entanto, é a coisa mais preciosa que temos”.
Albert Einstein
Einstein não errou uma até agora! Apesar dos grandes avanços que tivemos ainda temos um longo caminho a percorrer em busca de conhecimento. Então, para que tenhamos a real noção do quanto ainda estamos na infância de nossa razão, vamos destacar algumas coisas que estão por vir:
Desde que os aspectos do mundo subatômico foram teorizados e depois comprovados, nos deparamos com questões que intrigam os cientistas e também os filósofos. Somos feitos de átomos, e eles se comportam de maneira estranha. Diferente de como estamos acostumados a ver o mundo. Mas o mundo é feito de átomos, então porque estranhamos o que somos?
Uma partícula se comporta de um jeito quando olhamos para ela e de outro quando não estamos olhando (veja Dualidade Onda-partícula). Uma partícula pode estar ligada a outra de forma que o que acontece com uma, afeta “instantaneamente” o que acontece com a outra, mesmo que uma esteja na Terra e a outra em Marte (veja Entrelaçamento Quântico).
Somos feitos dessas partículas. Somos essas partículas! Então, compreender esses e outros fenômenos que acontecem no nível subatômico de nós mesmos, tem o potencial de nos elevar a um patamar de conhecimento inimaginável.
Eu, você, a Terra, nosso Sol, a Via Láctea e todas as galáxias que existem, representam 5% (cinco por cento) do universo. Outros 25% (vinte e cinco por cento) do universo é composto por uma substância desconhecida chamada Matéria Escura. E a maior parcela do universo, 70% (setenta por cento), é formada por “Energia” Escura. Portanto, toda a grandiosidade e magnitude do que você “vê” no universo, é a parte mais insignificante do que realmente existe. Explorar e dominar esses 95% tem o potencial de mudar completamente a nossa compreensão do universo.
Quando você faz um exame de tomografia, você está sendo bombardeado por “pósitrons”. Pósitrons são a antipartícula do elétron, ou seja, é antimatéria. Hoje sabemos que toda matéria tem um equivalente de antimatéria. Podemos criar antimatéria e usá-la para nosso proveito, portanto, sabemos de sua existência e como ela se origina. Entretanto, sabendo disso, deveríamos encontrar a mesma quantidade de matéria e antimatéria no universo, mas há muito menos antimatéria do que matéria. As pesquisas que estão sendo realizadas para explorar esse fenômeno, podem nos trazer grandes avanços.
Todas essas coisas são fruto de nossa razão. E aqui precisamos lembrar a frase de Galileu Galilei, que viveu no século XVII - “Não me sinto obrigado a acreditar que o mesmo Deus que nos dotou de sentidos, razão e intelecto, pretenda que não os utilizemos". Por ter dito isso, além de outras coisas, Galileu foi condenado por heresia pela religião cristã.
É contra esse tipo de obstrução, de limitação da razão que o deísta se posiciona. Enquanto houver religião pregando mentiras e propagando tabus e dogmas em nome de Deus, o ser humano estará preso e impedido de pensar livremente.
"A ciência oferece um caminho mais seguro para Deus do que a religião."
Paul Davies
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