As raízes do deísmo estão ligadas aos antigos pensadores e filósofos gregos, tendo como representante o famoso orador e filósofo, Cícero. Porém esta prática “nasceu novamente” no final do século XVII, na Inglaterra, fruto das teorias elaboradas por Edward Herbert, Lorde de Cherbury, o criador do deísmo britânico.
O ateu (do grego "contrario a Deus"), não acredita em Deus, porquanto se difere do deísta que acredita em um princípio criador (Deus) que estabeleceu as leis naturais que regem o universo e cuja essência está presente em todas as coisas.
O agnóstico (do grego, "não cognoscível”) considera os fenômenos sobrenaturais inacessíveis à compreensão humana. Considera inútil discutir temas metafísicos, pois são realidades não atingíveis através do conhecimento. Para os agnósticos, a razão humana não possui capacidade de fundamentar racionalmente a existência de Deus.
Os deístas, por sua vez, acreditam que a razão e a ciência são capazes de conhecer todos os fenômenos naturais da criação, em tempo e lugar, longe das amarras que a religião estabelece para a mente humana.
Antes devemos perguntar; fé em que?
Se você entende por fé a capacidade dos homes em evoluir pela razão e compreender os fenômenos da natureza, sim o deísta tem essa fé. No entanto, se entende por fé a crença que Deus intervém em nossas vidas para direcionar nosso destino, então não, o deísta não tem essa fé.
Você é o único capaz de alterar seu destino. Você pode fazer de sua vida "um céu ou inferno".
"O medo dos poderes invisíveis, inventados ou imaginados a partir de relatos, chama-se religião".
Thomas Hobbes
Milagres são, tão somente, fenômenos que ainda não compreendemos devido as nossas limitações. Entretanto, o homem vem expandindo sua compreensão do universo e transformando fenômenos em ciência.
Hoje, o mundo está repleto de ciências ,que outrora seriam considerados "milagres" por nossos antepassados. Aviões, foguetes, satélites, celulares, tomografia e fusão nuclear são só alguns exemplos de milagres.
"A voz de Deus nos diz constantemente: uma falsa ciência faz um homem ateu, mas uma verdadeira ciência leva o homem a Deus."
Voltaire
No princípio as religiões eram necessárias para dar ao homem primitivo uma linha de conduta moral. Entretanto, pela razão, o homem é capaz de discernir entre o certo e errado, tendo como alicerce a lógica de não querer para o próximo o que não quer para si próprio.
Assim, parece que o mais importante ensinamento cristão, também é o mais racional: "Ame a Deus ... com todo seu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo". (Mt 36, 22-40)
"Você não precisa de religião para ter senso moral. Se você não consegue distinguir o certo do errado, então falta-lhe caráter e não religião".
(fonte desconhecida)
As religiões pedem aos seus seguidores que tenham "fé". Que aceitem uma divindade e os ensinamentos deste ou aquele sem questionar. Entretanto, "questionar" é a base do progresso humano. É pelo questionamento do desconhecido e pela aplicação da razão que evoluímos.
Questione-se: Quão mais avançados seríamos, se as religiões não tivessem obstruído o livre pensamento de pessoas como Aristóteles, Galileu e Newton?
Se uma religião permitisse aos seus seguidores "questionar" seus conceitos e ideias, ela não sobreviveria ao tempo. Logo, não deveria existir.
"Não temo a morte. Já estive morto por bilhões e bilhões de anos, antes de nascer, e isso não me causou o menor incômodo."
Mark Twain
Qual é o propósito da vida após a morte? Isso é necessário ou apenas satisfaz uma necessidade de conforto?
Se por "vida após a morte" se entende uma continuação desta mesma vida em outra dimensão, não, não é razoável acreditar nessa fantasia. Por outro lado, se entende "vida após a morte" por uma dissipação da consciência, voltando ao estado latente de um todo, talvez a razão possa conciliar esta hipótese.
De qualquer forma, a observação racional da vida em todas as espécies conhecidas (na humana não é diferente), evidencia que o ciclo da vida serve "apenas" para a perpetuação e progresso da espécie, o que por si só, já é uma razão muito boa.
Céu e inferno, anjos e demônios são representações alegóricas do bem e do mal que só servem para desviar a atenção da única força causadora de toda vicissitude. O próprio homem.
O bem ou o mal se propaga pelo princípio da ação e reação existente em todo universo. Pratique o bem e esta ação voltará para você ou para outra pessoa, imediatamente ou em um tempo indeterminado. Pratique o mal e o mesmo acontecerá.
Por esta lógica, praticando o bem você está garantindo o bem para si próprio, hoje ou no futuro.
O concepção de pecado, original ou não, é uma artimanha para controlar os fieis pelo medo do castigo.
Deus não castiga ninguém. Somos livres para fazer de nossas vidas "um céu ou um inferno". Aplica em tua vida a lógica de não querer para o próximo o que não quer para você mesmo e viverá feliz.
Também, não peça perdão a Deus. Ele te fez assim como você é. Se você errou, peça perdão a quem você prejudicou e não erre mais.