“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;”
1 Timóteo 4:1
Este é um bom exemplo de como a religião, nesse caso a cristã, distorce a história para favorecer sua doutrina.
Esclarecemos:
Se pesquisar na internet pela palavra, apostasia, vai encontrar várias postagens de padres e pastores se referindo a epístola de Timóteo, acima, para justificar que os fiéis não devem se afastar da fé em cristo, pois, se o fizerem, estarão antecipando o fim dos tempos.
Uma ameaça ou chantagem velada para não perder fiéis.
Timóteo foi um bispo cristão do primeiro século. A igreja cristã alega que as epístolas de Timóteo, incluídas na bíblia, são cartas de Saulo de Tarso. O apóstolo Paulo.
Entretanto, Paulo não conheceu Jesus pessoalmente. O máximo que ele esteve perto de alguma referência dos ensinamentos de Jesus, foi ter estado com Pedro e Tiago por quinze dias em uma de suas viagens. Isso, muito depois que Jesus morreu. Portanto, Paulo não é um apostolo de verdade.
Tudo o que Paulo diz ter conhecimento em suas cartas, ele próprio afirma ter recebido em revelações. O próprio versículo acima afirma que “O espírito, expressamente diz…”. Então um espírito disse a Paulo, expressamente, que algumas pessoas se apostatarão da fé, antes do fim dos tempos.
Pronto, é o suficiente para evocar e justificar que a culpa pelo fim do mundo será sua, caso você se afaste da fé em Cristo. Contudo, como sabemos, já naquele tempo, e ainda nos dias atuais, há milhões de pessoas, e não somente alguns, que não professam a fé em Cristo ou na religião cristã.
Isso nos leva a pensar e questionar : Ou o espírito estava enganado, ou Paulo nos enganou.
Como deísta, sempre embasados pela razão, concluímos que apenas a última alternativa é verdadeira.
Enquanto continuamos a ouvir padres e pastores interpretarem o versículo acima como lhes convém, e esperamos pelo fim do mundo, vejamos o que diz a Declaração Universal de Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário:
Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.
Desta forma, ter, ou não ter uma religião, é um direito universal.
“Na verdade, havia apenas um cristão e ele morreu na cruz.”
Friedrich Nietzsche
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