Mesmo antes de nascer, sabia-se que ele seria alguém especial. Um ser sobrenatural informou para a sua mãe que a criança que ela conceberia não seria um mero mortal, mas seria divina.
Ele nasceu milagrosamente e se tornou um jovem extraordinariamente precoce. Quando adulto, ele saiu de casa e foi em um ministério de pregação itinerante, incitando seus ouvintes a viver, não para as coisas materiais deste mundo, mas para o que é espiritual.
Ele reuniu vários discípulos ao seu redor, que se convenceram de que seus ensinamentos eram divinamente inspirados, em grande parte porque ele próprio era divino. Ele provou isso a eles fazendo muitos milagres, curando os doentes, expulsando demônios e ressuscitando os mortos.
Mas no final de sua vida, ele despertou oposição, e seus inimigos o entregaram às autoridades romanas para julgamento. Ainda assim, depois que ele deixou este mundo, ele voltou para encontrar seus seguidores a fim de convencê-los de que ele não estava realmente morto, mas vivia no reino celestial. Mais tarde, alguns de seus seguidores escreveram livros sobre ele.
De quem está se falando?
Se você pensou em, Apolônio de Tiana, você acertou em cheio!
Apolônio de Tiana foi um filósofo grego e líder religioso do primeiro século nascido na cidade de Tiana na Capadócia. Seu principal biógrafo, Filóstrato, o descreve como um homem atraente com barba e cabelos longos que costumava se vestir com uma túnica de linho, e situa Apolônio entre o ano 3 e 97 EC. Entretanto, o historiador romano Cássio Dio, escreve que Apolônio estava na casa dos 40 ou 50 anos na década de 90 EC, portanto, que ele teria nascido supostamente em meados dos anos 40.
Uma inscrição no sítio arqueológico de Adana na Turquia descreve Apolônio assim:
“Este homem, nomeado em homenagem a Apolo, e brilhando de Tiana, extinguiu as faltas dos homens. O túmulo recebeu seu corpo, mas na verdade, o céu o recebeu para que ele pudesse expulsar as dores dos homens.”
Devido às semelhanças com a história de Jesus, Apolônio foi, nos séculos seguintes, atacado pelos padres da igreja, sendo considerado um impostor e um personagem satânico. Suas obras foram consideradas heréticas e os livros que continham sua história foram destruídos pela igreja cristã.
Apolônio era cultuado no templo de Esculápio em Egas, onde ele serviu como curador de corpos e almas e em muitos outros templos construídos em sua homenagem, até que o imperador Constantino ordenou sua destruição no ano de 331.
Devido a contemporaneidade entre Apolônio e Jesus e também das várias similaridades entre a suas histórias, é impossível afirmar qual das duas histórias é verdadeira, ou se houve uma apropriação de histórias de um pelo outro.
A pergunta continua: Quem é o falso cristo?
"Ninguém jamais acredita que a Bíblia significa o que diz: ele está sempre convencido de que ela diz o que ele quer dizer."
George Bernard Shaw
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